8 de mai. de 2009

ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS | WONDERLAND


ILUSTRAÇÕES  |  ILLUSTRATIONS

1998

Adriana Peliano

Capítulo 1: Entrando na toca do coelho

"Alice começava a enfadar-se de estar sentada no barranco junto à irmã e não ter nada que fazer: uma ou duas vezes espiara furtivamente o livro que ela estava lendo, mas não tinha figuras e nem diálogos, “e de que serve um livro” – pensou Alice – “sem figuras nem diálogos?”


Atendendo ao apelo de Alice, Lewis Carroll escreveu as suas aventuras repletas de diálogos, que foram ilustradas por ele mesmo no manuscrito que deu de presente para Alice Liddell no Natal de 1864, com o nome de ‘As Aventuras de Alice no Subterrâneo'.

O retrato das três irmãs Liddell, Alice, Lorina e Edith foi pintado pelo artista pré-rafaelita William Richmond, um ano depois. No quadro estão as três meninas que ouviram a estória de Alice pela primeira vez, num passeio de barco com Lewis Carroll numa tarde dourada perto de Oxford, onde viviam. Sobre essa imagem depositam-se vestígios do manuscrito original da estória.

Saltando do quadro vem o Coelho Branco, convidando Alice para um país de maravilhas com muitos diálogos e figuras, nas profundezas do sonho e na superfície da linguagem.



Chapter 1: Down the rabbit-hole

Leaving the picture the white rabbit invokes Alice to the Wonderland, a new reality with many pictures and conversations in the depths of dreams and surfaces of the language.

The back image is a picture of the three sisters, Alice, Edith and Lorina, painted by the pre-raphaelite artist William Richmond in 1865. Over this picture is the image of the first page of Alice’s Adventures Under ground.



Adriana Peliano

“Logo depois Alice entrou atrás dele, sem pensar sequer em como sairia dali outra vez.A toca do coelho se alongava em linha reta como um túnel, e de repente abria-se numa fossa, tão de repente que Alice não teve nem um segundo para pensar em parar, entes de ver-se caindo no que parecia ser um poço muito profundo.”


Entrar na toca e atravessar o espelho preenchem funções idênticas nos dois livros de Alice: são ritos de passagem entre a realidade cotidiana e uma outra realidade reinventada pela linguagem. Alice desce vertiginosamente às profundezas do corpo e do inconsciente, enquanto a realidade que deixou para trás se desmonta como um quebra-cabeça, dando espaço para o nascimento de uma nova linguagem. Nada mais pode ser como antes, nem mesmo Alice que vai pouco a pouco perdendo a sua identidade. Anualualice.


Falling down the well is a rite of passage from the commom sense to a new world reinvented by the language. While Alice falls, the reality dismount as a big puzzle.



Adriana Peliano

“Caindo, caindo, caindo. Essa queda nunca teria fim? “Só queria saber quantos quilômetros já desci esse tempo todo!”- disse em voz alta. “Devo estar chegando perto do centro da terra. Deixe ver: deve ter sido mais de seis mil quilômetros por aí...” (...) sim, deve ser mais ou menos essa distância...mas então, qual seria a latitude e a longitude onde estou?”


Alice continua caindo, caindo, caindo, enquanto se pergunta para onde estará indo. Não sabe o que é longitude ou latitude, mas sabe que elas nos ajudam a saber onde estamos. Só que o que Alice aprendeu na escola não pode ajudá-la agora. Ela se aventura num terreno desconhecido, terra incógnita nesse velho mapa.

Cai alualice, cai anualice, cai alicenada, cai, não fica nada. Crateras, saliências e reentrâncias; transparências, aparências e reticências em direção à uma nova realidade.



Down, down, down. Looking around, Alice could see many maps and old pictures while was asking about where she would be going.

But everything that she have learned at scholl is useless at this time. She ventures to an unknown land in this map of the XVI th century. Rounded moviments of transparencies and overlaped images, in the way of a new reality.



Adriana Peliano

Capítulo 2: A lagoa de lágrimas

“De repente, deu com uma pequena mesa de três pés, toda de vidro: não havia nada em cima, exceto uma chavezinha dourada, a primeira idéia de Alice foi que a chave devia servir para uma das portas da sala. Mas, que azar, ou as fechaduras eram grandes demais ou a chave era muito pequena: de qualquer forma não abria nenhuma das portas.”


Quem foi que disse que tamanho não é documento? Alice quer passar pela portinha que leva ao jardim das delícias, mas só que é grande demais. Bebe o líquido da garrafa misteriosa e encolhe até o tamanho certo para passar, só que esqueceu a chavezinha em cima da mesa. Onde Alice está com a cabeça? Bebe e come, cresce e encolhe, mas não se encaixa, jogo de prazeres e desejos nunca realizados. Então cresça e apareça!



Chapter 2: The pool of tears

The size’s room has many erotic simbols. Game of desires never satisfied. Alice drinks and gets smaller,impenetrable lock.



Adriana Peliano

Ainda pequenina, Alice encontra um pequeno bolo onde está escrito: coma-me. Coma-me alualice e então cresça como um telescópio até bater com a cabeça no teto. Anualice chora-me encharcando-se toda até criar ao redor de si uma lagoa de lágrimas. Eis que em seguida surge um rabo de rato para nadar com ela.

“– Seria melhor que não tivesse chorado tanto! – disse ela, enquanto nadava, tentando sair dali. – Serie castigada agora por isso, parece, afogando-me nas minhas próprias lágrimas! Isso será uma coisa bemesquisita, com certeza. Mas tudo aqui é muito esquisito hoje.”



Alice eats the little cake and opens as a falic telescope. Then she begins to cry till creates a pool of tears around her. After this she finds the mouse in her pool of tears.



Adriana Peliano

Capítulo 3: Uma corrida de comitê e uma longa história.

Saindo da lagoa de suas próprias lágrimas, Alice encontrou uma reunião de animais curiosos. Pouco depois o rato começou a contar o seu conto, ponto por ponto. O rabo do rato é a sua longa história, jogo entre tail/tale escrito com a própria letra de Lewis Carroll.

No centro está Alice Liddell na famosa fotografia de Carroll, que também participa do jogo, junto com as irmãs de Alice, Edith e Lorina. Enquanto contava a estória de Alice durante o passeio de barco com as três, Lewis Carroll ia fazendo brincadeiras com as palavras, trocadilhos e jogos de linguagem. Ele era o Dodó, animal extinto das ilhas Maurício, visto que sendo gago, se apresentava como Do-do-gson (seu verdadeiro nome era Charles Dodgson), Edith era a águia, eagle, e Lorina o papagaio, Lory.

Colagem a partir de tapetes, pinturas e gravuras criadas em expedições de viajantes entre os séculos XVI e XIX, representando a natureza brasileira, exótica e exuberante.



Chapter 3: A cactus-race and a long tale

Assembling made of pictures of pantings and carpets of the XIX th century, created by travellers depcting the brazilian fauna, exotic and exuberant. With the animals a hand painted photo of Alice Liddell by Lewis Carroll, and the faces of Do-do-gson, Edith - eagle, and Lorina - lory.



Adriana Peliano

Capítulo 4: O Coelho envia uma emissário

“– E agora, Pat, me diga: o que é que está saindo daquela janela? – Hum, é um braço, patrão, é um braço! – Um braço, seu idiota! – Quem já viu um braço daquele tamanho? Ora essa, ele ocupa a janela toda! – Hum, é mesmo patrão, é mesmo: mas não deixa de ser um braço. – Bom, seja como for, não tem nada que fazer ali, vá lá e tire ele imediatamente.”


Ali se põe o braço dela para for a da janela, enquanto o pato, o coelho e o lagarto estão do lado de lá. O pobre Bill que acaba sempre pagando o pato, tenta entrar pela chaminé, mas com um chute daqueles, Alice dá um fora nele. Mas onde é dentro e onde é fora? É do outro lado do lado de lá do lado que é lado dela…



Chapter 4: The rabbit sends a little bill

Inside of the white rabbit’s house, as a cuckoo clock, Alice drinks another magic botlle. Begins to grow and grow till she became completely squeezed in the house. Limit experience to lose her identity. Who is Alice? Many. She grew so much that there is no space in this page anymore.
The other side of the same situation. Outside we can see the white rabbit, Pat and Bill. But what is inside and outside in a paradoxical wonderland?




Adriana Peliano

Adriana Peliano


Capítulo 5: Conselhos de uma lagarta.

" 'Um lado a fará crescer e o outro lado a fará diminuir.' 'Um lado de quê? O outro lado de quê? pensou Alice. -'do cogumelo' disse a lagarta, como se Alice tivesse perguntado em voz alta. E logo depois sumiu de vista. "


Medindo aproximadamente 8 centímetros de altura, Alice encontrou uma lagarta sentada sobre um cogumelo, fumando um narguilé. "Quem é você?" perguntou a lagarta e Alice não soube responder depois de ter se transformado tantas vezes naquele dia. Alice se espanta diante da lagarta enogmática, girando sobre um cogumelo amarelo que é uma labirinticabeça e psicodelícia terra das alicinações. Alice acaba comendo dois pedaços do cogumelo. Na primeira mordida sua cabeça vai parar nos pés, na segunda seu pescoço estica incrivelmente, se enroscando todo e sua cabeça vai parar em algum lugar que é nuvem, que é fumaça de narguilé, que é dentro da cabeça e que é lugar nenhum. now here or nowhere?



Chapter 5: Advice from a Caterpillar

“Who are you” is always asking the Caterpillar. Psychedelic experience that put Alice’s identity in doubtful, asking her to open her mind. This artificial Alice doesn’t even seems to know who she is. But she is not the only without a doubtful personality. Who is Alice, who is the caterpillar, who are we?

After the first bite Alice’s head strikes her feet. After the second, her neck stretches as a serpent. Fist to the floor, next to the clouds.

The pigeon and Aliserpent face each other in a psychedelic place, cloud, smoke, into the head. Now here or nowhere?



Adriana Peliano

Capítulo VI: Porco e Pimenta

“Durante um ou dois minutos ficou diante da casa, perguntando-se sobre o que devia fazer, quando de repente surgiu um lacaio correndo de dentro do bosque (ela o considerou um lacaio porque estava de libré, mas a julgar pela cara diria apenas que era um peixe), o qual bateu ruidosamente à porta. Esta foi aberta por um outro lacaio de libré, com uma cara arredondada e grandes olhos de rã. Os dois Lacaios tinham cabeleiras empoadas e encaracoladas. Alice ficou curiosíssima de saber oque se passava e esgueirou-se furtivamente do bosque para escutar.”



Alice estava ali na porta da Duquesa porca, quando lá do bosque saiu o Loucaio nessa eu não caio. Trazia uma carta da Rainha para a Duquesa. Enquanto os dois Loucaios se inclinavam em tom solene, suas perucas se enroscavam e se embaralhavam. Um era um peixe for a d’água, boca de jarra jorrando palavras. O outro, alô! Aloucaio da Duquesa? Línguas cruzadas. Telefone sem fio que deu o fora no gancho! Alô! Alô Ali… Ali se… nada!



Chapter 6: Pig and Pepper

The Frog-Footman receives the Duchess invitation from the Fish-Footman. Then they both bowed low, and their curls interlaced.



Adriana Peliano

No tabuleiro cheiro de fumaça e muita pimenta, a Colher grita e mexe a sopa e a Pata espirra e torce o porco e o porco chora e torce o rabo. Alice Riddle é a cara dela no meu corpo que puxo o porco. A cara de pau joga xadrez com a cara de pata e atira e disputa e desempata e pá nela!

O gato num canto sorri esperando um rato, com olhos de armadilha e queijo. Como os queijos de Chershire, em forma de gato sorrindo. Então o gato quer comer o rato que come o queijo em forma de gato, que fica num canto rindo de tudo.


Alice não quer só comida, Ali se quer bebida, diversão e arte. Alice não quer só comida, Ali se quer saída para qualquer parte.



In a large kitchen with too much smoke and pepper in the air, are the peppering cook, the Duchess distorting the baby and the Cheshire cat in a corner.

The cat smiles looking for a rat to eat it’s cheese and to be eaten. Eyes of a mouse-trap with cheese, in reference to the cheese in Chershire, with the shape of a smiling cat.



Adriana Peliano

“Alice estava começando a pensar “E agora? Que é que eu vou fazer com essa criatura quando eu voltar para casa?”, quando o bebê grunhiu outra vez e com tal violência que ela olhou assustada para a sua cara. Dessa vez não podia haver engano possível: era nada mais nada menos que um porco, ela viu que seria totalmente absurdo continuar a carregá-lo. Soltou a pequena criatura no chão e ficou aliviada de vê-la correr tranqüilamente para dentro do bosque. “Se tivesse crescido mais” – disse ela a si mesma – “ficaria uma criança horrivelmente feia. Mas como porquinho é até bonito, eu acho.”


Alice até que tentou salvar o bebê mas já era tarde demais. Sabe qual é a diferença entre um menino e um porco?

– Acho que é só arrancar os braços e as pernas do seu corpo para que ele não espereneie tanto e então vire um porco. Tanta porcaria assim você sabe porque?

– Lewis Carroll dizia adorar as crianças.
Exceto os meninos!



The baby turning into a pig.



Adriana Peliano

Alice vê o gato ali em cima daquela árvore. Ele some e aparece tantas vezes que ali se vai se dividindo entre torturas e tonturas, quantas loucuras e tantas alicinações. Matematicamante, o sorriso sem gato é a labirinticamente onde Alice vai se procurar…

"Gostaria que você não aparecesse ou sumisse tão de repente. Deixa qualquer um tonto. – Está bem – concordou o Gato. – E dessa vez desapareceu tão devagarinho, começando com a ponta da caulda e terminando com o sorriso, que ainda ficou suspenso no ar algum tempo depois que o corpo tinha desaparecido. “Esta aí” – pensou Alice – “já vi muitos gatos sem sorriso. Mas sorriso sem gato! É a coisa mais curiosa que eu já vi na minha vida.”



Alice talks to the Cheshire Cat seated on a bough of tree. After the Cat has completely vanished, the grin without the cat remains as a big puzzle. The mad cat's grin is the enigmatic labyrinth where Alice will look for her way.



Adriana Peliano

Capítulo 7: Um chá bastante louco.

Um Chapeleiro Louco, uma Lembre de Mim e um Dormindengoso rodam todos em volta da mesma, tabuleiro de um jogo sem fim. O chá do chá+pe+Lelebre que sabe jogar xadrez mas que joga chá a três. Três caras mais pra coroas, sempre pulando de lá pra cá, mas sem tempo pra sair do chá. Que estória sem pé nem chá-a-beça!

Alice realidade com sete anos de idade também toma parte no jogo fotografada por Lewis Carroll.


“– Seja como for, jamais voltarei àquele lugar! – ela declarou, enquanto abria caminho através do bosque. – Foi o chá mais idiota que já tomei parte em toda minha vida!”



Chapter 7: A mad tea-party

The Mad Hatter, the March Hare and the Dormouse turn round the table, the board of an endless game. They’re their own cups, tied in the tea’s time. A melting clock whithout hands is always at six o’clock. Six and nine are the same thing?

The Alice is Alice Lidell photographed by Lewis Carroll.



Adriana Peliano

Capítulo 8: O campo de croquet da Rainha.

“– Como é o seu nome, jovem? – Meu nome é Alice, para servir à Vossa Majestade – disse Alice com polidez; mas acrescentou para si mesma: “Ora, eles são apenas um baralho de cartas, no fim das contas. Não preciso ter medo deles!” – E quem são esses aí? Indagou a Rainha, apontando para os três jardineiros, prostrados em volta da roseira. Pois deitados como estavam de rosto contra o chão e sendo o desenho das costas o esmo do resto do baralho, ela não podia saber se eram jardineiros, soldados, cortesãos ou até mesmo três dos infantes reais. – Como é que eu vou saber? – respondeu Alice surpreendida com a sua própria coragem – Isso não é da minha conta.”


No final das contas Alice conseguiu atravessar a pequena portinha que dava para o jardim das delícias, quando então ela descobriu que aquele era na verdade o jardim da Rainha de Copas! Inverso da carta. Carta que corta. Dama na corte. Alice desafia a Dama de Copas, num embate entre a Rosa branca e o Cale-se de sangue. Cálice agora ou então corto-lhe a cabeça!


Chapter 8: The Queen’s Croquet-Ground

After arriving in the mysterious garden, Alice discovers that the garden belong to the Queen of hearts. The garden is the other side of the cards, surface plane, reverse and inverse. Drops of blood and white ink. Dialogue between Alice white rose and the Queen of bloody roses.



Adriana Peliano

O Rei de Copas e o Carrasco da côrte quebravam a cabeça num embate sem solução. Como cortar a cabeça do Gato?

O posição do Carrasco era de que:
“não se podia cortar uma cabeça que não estivesse presa num corpo.”

O ponto de vista do Rei era de que:
“Qualquer um que tivesse uma cabeça poderia ser decapitado.”


A Rainha de Copas veio então resolver essa questão. O ponto de vista da Rainha era de que: “se não resolvessem já aquela situação, ela mandaria executar todo mundo em volta.”

Alice que não achou melhor solução para a situação, acabou sugerindo que fossem perguntar à Duquesa, que afinal era parente do Gato. Mas que dor de cabeça!


Discussion about the possibility to behead the Cheshire cat. You can see the executioner, the King and the Queen, and Alice watching the scene. Paradoxical question, nonsense.

The executioner's argument was that “you couldn’t cut off a head unless there was a body tu cut it off from.”

The King’s argument was that “anything that had a head could be beheaded.”

The Queen’s argument was that, “if something wasn’t done about it in less than no time, she’d have everybody executed, all round.”



Adriana Peliano

Capítulo 9: A história da falsa tartaruga

Alice e o Grifo sentam-se à beira mar para ouvir a trististória da falsaruga. Seu casco debruça-se sobre o precipício, enquanto sua cabeça escorre do prato vazio sobre um imenso mar de lágrimas.

Grifo de Tenniel. Animal fabuloso com o corpo de leão, a cabeça e as asas de águia e as orelhas de cavalo.

Alice e a paisagem fazem parte de um quadro pintado por Anne Lydia Bond em 1873, representando Beatrice à beira mar, criado a partir de uma foto tirada por Lewis Carroll.

A falsa tartaruga era uma referência a uma prato muito conhecido na Inglaterra vitoriana, uma sopa de tartaruga verde que era muitas vezes feita com carne de vitela. Em função disso, a falsa tartaruga aparece nas ilustrações originais de Alice com a cabeça, as patas e a cauda de bezerro. Essa falsa tartaruga tem o casco de prato vazio de sopa e a cabeça de colher partida.



Chapter 9: The Mock turtle’s story

Alice and the Gryphon are sit listening the mock turtle’s story. The turtle’s skull that is a plate of soup, stoops over a precipice, and it’s head, a spoon in the shape of the calf’s hoofs, comes down as a tear to a sea of tears, or soup.

The Gryphon is the Tenniel’s. Alice and the landscape are part of a picture painted in 1873 by Anne Lydia Bond, depicting Beatrice on the sea bank, created inspired on a photography by Lewis Carroll.



Adriana Peliano

Capítulo 10: A Quadrilha da Lagosta

Quadrilha da lagosta encenada pelo Grifo e pela Falsa Tartaruga. A quadrilha da lagosta era uma dança em várias “figuras” nas quais participavam vários animais marinhos. A lagosta está presente num bem servido prato, já que Alice cometeu tantas gafes confessando já ter ter dado garfadas em vários frutos do mar.



Chapter 10: The Lobster-Quadrille

The Lobster-Quadrille played by Tenniel’s Griphon and the Mock turtle. The Lobster-Quadrille was a dance in many figures played with different marine animals. The lobster according to Alice’s imagination a well prepared meal. But as there weren’t any lobsters with them, I thought of putting some crabs instead.


Adriana Peliano

Capítulo 11: Quem roubou as tortas?

O Rei é o o Juiz sem juízo nem lei. A Rainha corta reto por linhas tortas. O coelho lá do alto é o arauto da côrte.

Já o Jack é o réu; enquanto o Jocker perde o riso mas não tira o chapéu. Valete valente e chapeleiro demente.

Já, já virá o depoimento de Alice Murdoch, fotografada por Lewis Carroll.

“Que os jurados deliberem o seu veredicto – disse o Rei, mais ou menos pela vigésima vez naquele dia. – Não, não! – gritou a Rainha. – Primeiro a sentença, o veredicto depois.”



Chapter 11: Who stole the tarts?

The court waits for Alice’s evidence. The King is the judge without opinions and the Queen, the executioner without reasons. The Joker, not smiling, can be seen as the mad hatter’s testimony and replace all the cards of the pack.

Alice is Alice Murdoch, in a Lewis Carroll’s photography.



Adriana Peliano

Capítulo 12: O depoimento de Alice.

“Vocês não passam de um baralho de cartas!” – Ao dizer essas palavras, todo o jogo de cartas voou para cima de Alice e depois desceu em sua direção: ela deu um gritinho, meio de susto e meio de raiva, e tentou rebater a revoada de cartas...”

E quando todos em volta voltam a ser apenas cartas de baralho e se revoltam para cima de Alice, as peças desse quebra-cabeça formam ao seu redor um redemoinho, trazendo Alice de volta para sua antiga realidade. Mas será que Alice ainda será a mesma de antes?



Chapter 12: Alice’s evidence.

The cards returns to be just cards of the pack, then rose up into the air, and came down flying upon Alice; while the peaces of this big puzzles turn around, bringing Alice back to her day-by-day reality.



Adriana Peliano

Acordalice do seu sonho maravilhoso. No futuro se vê já transformada em uma mulher, que relembra o sonho, para que nos lembremos do poema do início da estória.

“Alice! Recebe essa estória
E com mãos gentis deposita
Lá longe, onde os sonhos da infância
Se confundem com lembranças idas,
Tal guirlanda de flores murchas
Em distantes terras colhidas.”


A mão de Alice sobre a sua infância não é a mão gentil invocada no poema, mas uma mão que perdeu a inocência. As meninas são pinturas sobre duas fotografias de Evelyn Hatch tiradas por Lewis Carroll. Elas expressam a visão de uma infância pura e inocente, ou revelam um inegável caráter erótico? A Alice mulher é a própria Alice Liddell, numa fotografia de Julia Margaret Cameron.


Alice woke up from her wonderful dream, and found herself lying on the bank.
She looks to her future as a woman, that put her hand over her childhood, not the gentle hands that Carroll asks for, but a hand that covers her body in of chastity gesture.
The two Alices are pictures over photographs by Lewis Carroll of Evelyn Hatch. They were initially seen as a representation of purity and innocence even though erotic aspects have been pointed out lately. The Alice woman is Alice Liddell in a photograph of Julia Margareth Cameron.





Esse trabalho recebeu uma bolsa de iniciação científica do CNPq na UnB em 1996 e se tranformou no meu trabalho de conclusão de curso em Comunicação na mesma faculdade em 1998. Além disso foi apresentado em 98 no evento de celebração dos 100 anos da morte do autor  em Christ Church / Oxford, universidade em que Lewis Carroll viveu e trabalhou.

um agradecimento especial ao meu orientador Wagner Rizzo.

Um comentário:

Danilo Miniquelli disse...

Olá, sou produtor do Grupo Briluz de Teatro, estreiaremos Alice Através do Espelho em julho deste ano, estamos te esperando! Entre em nosso site: www.grupobriluz.com.br

Danilo Miniquelli
danilominiquelli@grupobriluz.com.br
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